Notícias de Fornos de Algodres

ALGODRES E MACEIRA NA CORRIDA ÀS “7 MARAVILHAS” DE PORTUGAL

As freguesias de Maceira e Algodres, pertencentes ao concelho de Fornos de Algodres, distrito da Guarda, entram na corrida às “7 Maravilhas” das Aldeias Portuguesas. Ambas carregadas de história, tradição e deslumbrantes paisagens.

Maceira é uma aldeia que confronta com as Freguesias de Cortiçô, Vila chã, Mata, Sobral Pichorro, Queiriz, Matança e Penaverde. A povoação situa-se na encosta com vista para a Serra da Estrela. Avistando-se Celorico da Beira, Guarda, Seia e algumas terras do concelho de Trancoso.

Em contextualização histórica, conta-se que em tempos a esta aldeia veio parar uma caravana de gente nómada, vinda dos lados do Norte, que acampou no sítio onde chamam os Lenteiros da Eira. Aí se fixaram construindo tendas e cabanas de abrigo. Dedicavam-se à vida pastoril tentando a exploração agrícola do fértil vale.

Durante o dia apenas os homens válidos e as mulheres saíam para a pastoreação do gado e trabalhos do campo, deixando as suas crianças nas cabanas, aconteceu que estes, ao regressarem à noite, às suas habitações, encontraram os seus filhos “chupados” de formigas e outros insetos que por ali abundavam.

Aterrados com o sucedido, recorreram às suas divindades que lhes aconselharam que se dirigissem para a nascente, pois encontrariam não muito longe um lugar mais agradável e saudável onde se fixassem. Caminhando para a nascente logo encontraram um lindo campo de macieiras, onde se viriam a estabelecer definitivamente, formando esta povoação a que se chamaram campo das macieiras, dando origem ao nome de Maceira.
No que respeita a aldeia de Algodres, situa-se numa região de descoberta e encanto, assente no cume da serra do seu nome. Aldeia com recantos sem fim e de beleza surpreende que convidam à descoberta.

No que concerne à historicidade desta aldeia pouco se sabe, não se podendo afirmar se Algodres foi em tempos detentora de um castelo, existindo a tese que de facto esse castelo existiu e que com a pedra das suas ruínas foi construída a Igreja da Misericórdia.
Por outro lado, se o não teve, a verdade é que também não precisava, pois, de facto, era já, de si mesma, uma fortaleza difícil de ultrajar, pois a elevação do terreno em que assentava por si só já lhe servia de castelo, de atalaia o próprio monte e de muralha a sua inultrapassável Barroca.

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